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Jovem transforma arte com alumínio em motor de desenvolvimento no interior de Shandong

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Jovem transforma arte com alumínio em motor de desenvolvimento no interior de Shandong
Jovem transforma arte com alumínio em motor de desenvolvimento no interior de Shandong

No vilarejo de Liuhe, na cidade de Juancheng, província de Shandong, a oficina simples de Yang Xunzheng está repleta de criatividade. Com alicate e fios de alumínio nas mãos, ele transforma materiais comuns em peças artesanais impressionantes. Mesmo com uma estrutura modesta, o espaço revela dedicação e talento em cada detalhe.

Depois de mais de dez anos trabalhando em centros urbanos, Yang decidiu voltar à sua terra natal para empreender. Movido pelo amor à arte e ao lugar onde cresceu, fundou uma oficina de artesanato em alumínio, apostando em uma técnica inspirada no tradicional trançado chinês com vime e palha — Patrimônio Cultural Imaterial do país.

“Utilizamos fios de alumínio, que são leves, duráveis e fáceis de moldar, para criar peças tanto em 2D quanto em 3D. É uma alternativa moderna e cheia de possibilidades”, explica Yang.

A paixão começou em 2011, durante uma viagem a Hangzhou, quando viu pela primeira vez um artesanato feito com fio de alumínio. Vindo de uma família de carpinteiros, ele sempre teve fascínio por trabalhos manuais e, desde então, se dedicou a aprender a técnica por conta própria. Após três anos de prática, já conseguia criar suas próprias peças com originalidade.

Mas o caminho do empreendedorismo foi difícil. Quando decidiu se dedicar exclusivamente à atividade, em 2014, enfrentou resistência por parte de amigos e familiares. O mercado ainda era pequeno, os produtos tinham pouca variedade e não atraíam o público jovem. Yang, no entanto, insistiu. Abriu uma loja em Qingdao, contratou funcionários e começou a ganhar espaço.

Com o tempo, surgiram novos obstáculos — principalmente os altos custos e a dificuldade de contratar. A solução veio do próprio lugar onde cresceu. Em 2018, Yang transferiu parte da produção para sua cidade natal. Contou com a ajuda da prima, Pan Peipei, que passou a trabalhar de casa enquanto cuidava dos filhos. O sucesso do modelo atraiu outras moradoras locais, formando uma rede de produção doméstica: Yang fornece o material, Pan ensina a técnica, e as artesãs trabalham em casa, com flexibilidade.

O retorno às origens permitiu reduzir custos, manter uma produção estável e fortalecer os laços com a comunidade. “Não é a vila que precisa de nós, somos nós que precisamos da vila”, reflete Yang.

Atualmente, a oficina de Yang conta com mais de 100 modelos diferentes de peças em alumínio, vendidas para várias regiões da China. O faturamento anual já ultrapassa 1,2 milhão de yuans (cerca de R$ 850 mil), e com o crescimento do turismo interno, ele prevê contratar mais 50 pessoas ainda este ano.

Yang faz parte de um movimento crescente em Juancheng: mais de 31 mil jovens já retornaram às suas cidades para empreender. Eles são protagonistas da revitalização rural, trazendo inovação, tecnologia e novas oportunidades às comunidades. Com criatividade e espírito empreendedor, esses jovens estão reescrevendo a história do interior da China.

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